NO DISC, NO FILMS

O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Arnaldo Baptista - Show Sarau o Benedito? - SESC Belenzinho 2015


No último fim de semana o SESC Belenzinho recebeu o show do nosso eterno meninão Arnaldo Dias Baptista. Três shows com lotação esgotada. Sarau o Benedito? É o nome do show. Arnaldo, piano, flores, seus desenhos no telão e um repertório com Será Que Eu Vou Virar Bolor, Jesus Volte Pra Terra, Balada do Louco, There´s A Kind Of Hush, entre muitas outras. A energia do Arnaldo contagia a todos nós presentes. As vezes entre uma música e outra Arnaldo entra em comunhão com o piano desfilando um virtuosismo que é só dele. Mais que o virtuosismo, o teatro é tomado pelo seu carisma único.
Ao final, descendo as escadarias internas, chegando no andar da entrada do teatro e uma movimentação de pessoas olhando pra porta e esperando. Todas, eu disse todas as pessoas com um sorriso de orelha a orelha, com celulares, câmeras na mão. Nem é preciso dizer que eu resolvi ficar por lá. Em pouco tempo a assessora nos diz que Arnaldo sairia por aquela porta e tiraria foto e sugeriu que nos dividíssemos em três grupos, todos juntos numa pessoa só. Fui seco no primeiro grupo mas a foto em que eu saí, não dá pra ver que sou eu, rs. Mas captei o momento de Arnaldo saindo pela porta e ele olhou pro meu celular. Ao sair foi muito aplaudido. Muito diferente de certos artistas cheios de charme, ou que usam óculos, faz sentido as meninas do Leblon não olhar mais pra alguns desses. Arnaldo é simpatia, é amor, é genialidade, é sensibilidade à flor da pele. Sim, todos presentes ali saíram sentindo Sanguinho Novo correndo nas veias.



Todos juntos numa pessoa só



Conheci Arnaldo e Mutantes por volta da primeira metade dos anos 90 através de um amigo que me mostrou alguns discos e algumas músicas em algumas fitas k7. Época em que o vinil começava uma morte lenta, até a indústria já começava a forçar o consumidor a comprar CDs.

E que está muito dura a vida, nessa cidade de São Paulo
Nas minhas andanças pelo centro de São Paulo no horário de serviço de Office-boy, já sendo um fã de Mutantes e do Arnaldo e fã do disco Lóki (o qual eu tinha as músicas gravadas em uma fita k7), tá bom, tá bom, eu estava com a fita do meu amigo emprestada. Isso em uma época em que recebíamos VT, mais conhecido como Vale Transporte, mais conhecido como passe. Passe na mão de Office boy se transformava em dinheiro, hot dog em frente o Teatro Municipal, no meu caso cigarros e discos. E um dia lá fui eu entrando na Baratos e Afins para ver um ou outro disco. Quando me dou por conta o rapaz da loja dizia: Olha Arnaldo, lançaram esse aqui em CD, esse aqui também, Arnaldo. Eu olho para o meu lado direito está ele, senhoras e senhores, Arnaldo Baptista!!! Quem foi Office-boy sabe que tínhamos que tomar decisões rápidas, eu nem lembro o quanto tinha de dinheiro no bolso, mas pedi pelo disco Lóki?. Perguntei a ele onde ele estava morando, como ele estava e claro, pedi que autografasse o meu disco recém-comprado. Não, não existia celular que tira foto, também não tinha nenhuma câmera fotográfica. Afinal não é todo dia que a gente encontra com gênio assim, num belo dia de sol.


Muito já foi dito, escrito e documentado em vídeo sobre Arnaldo Baptista, mas tudo sempre deixa um gosto de queremos mais. E como nosso eterno meninão diz:
YEAH, deve ser amor que estamos sentindo...
Aqui, agora, tocando e cantando pra vocêêê... te entretendo!